Série de reportagens da TV Bahia denuncia esquema de tráfico de cobre por trás de furtos em Salvador
09/09/2025
(Foto: Reprodução) 'Vil Metal': qual o papel dos ferros-velhos no mercado clandestino de cobre?
A receptação dos fios, os ferros-velhos e a relação desses empreendimentos com o tráfico de cobre em Salvador são tema da segunda reportagem da série "Vil Metal", exibida nesta quarta-feira (10), na TV Bahia. As matérias serão exibidas ao longo desta semana no BATV.
Assinada pelos jornalistas Alexandre Lyrio e Adriana Oliveira, a série terá quatro reportagens especiais. O objetivo é apresentar as diferentes camadas da situação — dos pequenos delitos do dia a dia até o tráfico internacional do cobre.
O esquema de receptação do material furtado é parte importante para o fluxo do tráfico. Na capital baiana, o preço do metal subiu e o quilo do cobre chega a R$ 40. Nesse contexto, os ferros-velhos — localizados principalmente nas Avenidas Suburbana, San Martin e Vasco da Gama — desempenham um papel crucial na cooptação do material furtado.
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Especialistas apontam que o foco das ações de combate ao crime devem se concentrar nestes receptores, uma vez que parte desses empreendimentos é legalizada e possui alvará de funcionamento. A compra do cobre furtado ou roubado é ilícita e tipificada no código penal, com pena que varia de um a quatro anos.
Série de reportagens da TV Bahia denuncia esquema de tráfico de cobre por trás de furtos em Salvador
Reprodução/TV Bahia
Apesar disso, ainda é difícil provar a origem ilícita do material encontrado nos ferros-velhos. Segundo a polícia, para caracterizar o crime de receptação, é preciso provar a origem ilícita do cobre, rastreando a de onde veio o material. Esse processo é complicado, devido à natureza da venda ilegal do material, que não deixa rastros.
Primeira reportagem
Mercado de furtos de cobre revela uma dura realidade social
No primeiro episódio, que foi ao ar na terça-feira (9), a série apresentou a rotina de pequenos furtos de fios na capital baiana e o impacto social desses delitos. Além disso, a reportagem destacou as circunstâncias do crime, normalmente cometido por dependentes químicos e pessoas em vulnerabilidade social.
Para o titular da delegacia de Furtos e Roubos de Salvador, Jean Fiuza, a população em situação de rua não deve ser culpabilizada. A série mostra que eles representam apenas uma parte do esquema ilegal de tráfico desse material.
De janeiro a julho de 2025, a rede elétrica municipal foi alvo de 570 ocorrências de furtos, o que representa um aumento de mais de 80% em comparação com o mesmo período do ano passado. No total, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) estima um prejuízo acima de R$ 1 milhão.
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